Questão 1
As teorias de Maquiavel e Hobbes foram fundamentais para o estabelecimento do absolutismo, a consolidação do Estado Moderno e para mudanças nas relações políticas da Europa.
Entre as ideias básicas de Hobbes, podemos destacar a:
Questão 2
Em 1726, o comerciante Francisco da Cruz contou, em uma carta, que estava para fazer uma viagem à vila de Pitangui, onde os paulistas tinham acabado de se revoltar contra a ordem do rei. Temeroso de enfrentar os perigos que cercavam a jornada, escreveu ao grande comerciante português de quem era apenas um representante em Minas Gerais, chamado Francisco Pinheiro, e que, devido a sua importância e riqueza, frequentava, no Reino, a corte do rei Dom João V. Pedia, nessa carta, que, por Francisco Pinheiro estar mais junto aos céus, servisse de seu intermediário e lhe fizesse o favor de "me encomendar a Deus e à Sua Mãe Santíssima, para que me livrem destes perigos e de outros semelhantes".
Carta 161, Maço 29, f.194. Apud LISANTI Fo., Luís. "Negócios coloniais: uma correspondência comercial do século XVIII". Brasília/São Paulo: Ministério da Fazenda/Visão Editorial, 1973. (Resumo adaptado)
Com base nas informações desse texto, é possível concluir-se que a iniciativa de Francisco da Cruz revela um conjunto de atitudes típicas da época moderna.
É CORRETO afirmar que essas atitudes podem ser explicitadas a partir da teoria estabelecida por
A
Nicolau Maquiavel, que acreditava que, para se alcançar a unidade na política de uma nação, todos os fins justificavam os meios.
B
Etienne de La Boétie, que sustentava que os homens se submetiam voluntariamente a seus soberanos a partir da aceitação do contrato social.
C
Thomas Morus, que idealizou uma sociedade utópica, sem propriedades ou desigualdades, em que os governantes eram escolhidos democraticamente.
D
Jacques Bossuet, que defendia o direito divino dos reis apoiado numa visão hierárquica dos homens e da política, como extensão da corte celestial.
E
Voltaire, que defendia a substituição do absolutismo pela proposta anarquista.
Questão 3
Palácio de Versailles (1682)
Sobre as cidades europeias na época moderna (século XVI a XVIII), é correto afirmar que, em termos gerais,
Questão 4
Do ponto de vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como
Questão 5
No processo formativo da modernidade, o Estado Moderno teve no Absolutismo o início de sua configuração. Nesse sentido, é correto afirmar que o regime absolutista
A
representa a consolidação do poder dos senhores feudais contra a burguesia, que, desde o século XVI, tentava instaurar repúblicas democráticas na Europa.
B
expressa os interesses das burguesias mercantis europeias pelo livre cambismo econômico, que as beneficiava em um contexto de crescimento do comércio colonial.
C
teve os pensadores Maquiavel, Hobbes e Bossuet, como seus mais destacados críticos, especialmente, quanto ao excesso de centralização do poder nas mãos dos reis.
D
traduz o processo de centralização política, administrativa e militar, com a consequente e drástica redução dos poderes dos senhores feudais.
E
significa um pacto de poder entre a nobreza e os camponeses, mediante a centralização política, administrativa e militar nas mãos do rei.
Questão 6
"O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza."
(Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviatã". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)
"O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário."
(Nicolau Maquiavel (1469-1527). "O Príncipe". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.)
Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que:
A
Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.
B
Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.
C
Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.
D
Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano.
E
Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.
Questão 7
O príncipe, portanto, não deve se incomodar com a reputação de cruel, se seu propósito é manter o povo unido e leal. De fato, com uns poucos exemplos duros poderá ser mais clemente do que outros que, por muita piedade, permitem os distúrbios que levem ao assassínio e ao roubo.
MAQUIAVEL, N. O Príncipe, São Paulo: Martin Claret, 2009.
Maquiavel por Santi di Tito . (Museu Palazzo Vecchio, Florença)
No século XVI, Maquiavel escreveu O Príncipe, reflexão sobre a Monarquia e a função do governante.
A manutenção da ordem social, segundo esse autor, baseava-se na
Questão 8
O mapa acima expressa:
Questão 9
Abaixo pode-se observar um mapa do Tratado de Tordesilhas.
Sobre esse Tratado é correto afirmar que:
Questão 10
Observe os dados abaixo:
Nas primeiras décadas após o descobrimento do Brasil houve um relativo desinteresse português por essa terra. Isto se explica:
Questão 11
Acerca das pretensões iniciais da exploração e conquista do Brasil, assinale a alternativa correta.
Questão 12
Ao chegar ao Brasil os portugueses encontraram um povo que já habitava essa região. Mesmo assim ocuparam e colonizaram essas terras.
Sobre os donos originais do Brasil, os índios, é CORRETO dizer que:
Questão 13
Ao afirmar que o extrativismo de pau-brasil ocorreu utilizando-se da prática de escambo pode-se concluir que:
Questão 14
Em 1534 foram criadas, formalmente, quinze capitanias hereditárias. Destas apenas duas conseguiram se desenvolver, a saber, Pernambuco e São Vicente. Entre as razões para o fracasso deste modelo administrativo analise quais das opções abaixo são verdadeiras:
I. Apesar de o governo português investir muito dinheiro neste modelo administrativo Portugal não conseguiu reunir pessoas para enviar ao Brasil.
II. Muitos dos donatários não estavam estimulados em investir grandes recursos financeiros para desenvolver suas capitanias.
III. Os índios apesar de não disporem de armas de fogo em certas regiões geraram problemas ao atacar as vilas lusas.
IV. Franceses invadiram algumas capitanias tornando inviável este modelo administrativo.
V. A distância atrelada à dificuldade de comunicação isolava as capitanias entre si e com a Europa.
São verdadeiras apenas:
Questão 15
Antes deste nosso descobrimento da índia, recebiam os mouros de Meca muito grande proveito com o trato da especiaria. E assim, o grande sultão, por mor dos grandes direitos que lhe pagavam. E assim também ganhava muito Veneza com o mesmo trato, que mandava comprar a especiaria a Alexandria, e depois a mandava por toda a Europa.
(Fernão Lopes de Castanheda, "História do descobrimento e conquista da índia pelos portugueses" (1552-1561), citado por Inês da Conceição Inácio e Tânia Regina de Luca, "Documentos do brasil colonial". SP: Ática, 1993, p.19)
O texto refere-se:
Questão 16
A frase de Luiz XIV, "L'Etat c'est moi" (O Estado sou eu), como definição da natureza do absolutismo monárquico, significava:
Questão 17
As práticas mercantilistas, ocorridas na Idade Moderna, estiveram relacionadas com:
Questão 18
Em relação ao contexto das reformas religiosas do século XVI, é correto afirmar que:
Questão 19
Para as artes visuais florescerem no Renascimento era preciso um ambiente urbano. Nos séculos XV e XVI, as regiões mais altamente urbanizadas da Europa Ocidental localizavam-se na Itália e nos Países Baixos, e essas foram as regiões de onde veio grande parte dos artistas.
(Adaptado de Peter Burke, O Renascimento Italiano. São Paulo: Nova Alexandria, 1999, p. 64.)
A relação entre o Renascimento cultural e o ambiente urbano na Europa dos séculos XV e XVI justifica-se porque.
A
as cidades eram centros comerciais e favoreciam o contato com a cultura árabe, cujo domínio das técnicas do retrato e da perspectiva sobrepôs-se à arte europeia, dando origem ao Renascimento.
B
a riqueza concentrada nas cidades permitia a prática do mecenato, enquanto o crescimento do comércio estimulava o encontro entre as culturas europeia e bizantina, possibilitando a redescoberta dos valores da antiguidade clássica.
C
nas cidades podia-se estudar a cultura artística em universidades, dedicadas ao cultivo da tradição clássica e ao ensino de novas técnicas, como o uso do estilo gótico na arquitetura e da perspectiva na pintura.
D
a presença de artistas nas cidades atraía os investimentos de ricos burgueses em busca de prestígio social, fazendo com que as regiões que concentravam os artistas, como a Itália e os Países Baixos, se urbanizassem mais que as outras.
E
as cidades concentravam os interesses econômicos, enquanto a vida cultural florescia nas áreas rurais em decorrência do gosto da nobreza pela atividade intelectual.
Questão 20
"(...) desde o começo até hoje a hora presente os espanhóis nunca tiveram o mínimo cuidado em procurar fazer com que a essas gentes fosse pregada a fé de Jesus Cristo, como se os índios fossem cães ou outros animais: e o que é pior ainda é que o proibiram expressamente aos religiosos, causando-ihes inumeráveis aflições e perseguições, a fim de que não pregassem, porque acreditavam que isso os impediria de adquirir o ouro e riquezas que a avareza lhes prometia."
(Frei Bartolomeu de Las Casas. "Brevíssima relação da destruição das índias", 1552)
No contexto da colonização espanhola na América, é possível afirmar que:
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