Questão 1
O comércio foi de fato o nervo da colonização do Antigo Regime, isto é, para incrementar as atividades mercantis processava-se a ocupação, povoamento e valorização das novas áreas. E aqui ressalta de novo o sentido da colonização da época Moderna; indo em curso na Europa a expansão da economia de mercado, com a mercantilização crescente dos vários setores produtivos antes à margem da circulação de mercadorias - a produção colonial era uma produção mercantil, ligada às grandes linhas do tráfico internacional
(Fernando A. Novais. Portugal e Brasil na crise do Antigo Sistema Colonial (1777-1808), 1981. Adaptado.)
O mecanismo principal da colonização foi o comércio entre colônia e metrópole, fato que se manifesta
Questão 2
O rei tomou o lugar do Estado, o rei é tudo, o Estado não é mais nada. Ele é o ídolo a quem se oferecem as províncias, as cidades, as finanças, os grandes e os pequenos, em uma palavra, tudo.
JURIEN, Pierre. Apud ELIAS, Norbert. A sociedade de corte. Rio de Janeiro, Zahar, 2001. p. 133.
Essa afirmação de um contemporâneo de Luís XIV, na França, diz respeito a uma forma de governo que ficou conhecida como
Questão 3
O olhar que os europeus tinham sobre o mundo medieval mudou com o advento do chamado mundo moderno, devido à inserção de novos elementos, tais como o(a):
Questão 4
A Reforma, a despeito de sua hostilidade à magia, estimulara o espírito de profecia. A abolição dos intermediários entre o homem e a divindade, bem como a ênfase na consciência individual, deixavam Deus falar diretamente a seus eleitos. Era obrigação destes tornar conhecida a Sua mensagem. E Deus não fazia acepção de pessoas: preferia falar a John Knox do que à sua rainha, Maria Stuart da Escócia. O próprio Knox agradeceu a Deus ter-lhe dado o dom de profetizar, que assim estabelecia que ele era um homem de boa-fé.
Na Inglaterra, as décadas revolucionárias deram ampla difusão ao que praticamente constituía uma profissão nova - a do profeta, quer na qualidade de intérprete dos astros, ou dos mitos populares tradicionais, ou, ainda, da Bíblia.
HILL, Christopher, O mundo de ponta-cabeça. Ideias radicais durante a Revolução Inglesa de 1640. Trad. Renato Janine Ribeiro. São Paulo, Companhia das Letras, 1987, p. 103.
O texto se refere ao ambiente político e religioso da Inglaterra no século XVII. A esse respeito é CORRETO afirmar:
Questão 5
"O engenho de açúcar era uma verdadeira empresa capitalista, mas era ao mesmo tempo uma comunidade patriarcal que, para suas necessidades mais vitais, vivia em regime de economia fechada."
(MAURO, Frédéric. HISTÓRIA DO BRASIL. São Paulo, DIFEL, 1974.)
A produção de açúcar, no Brasil colonial
Questão 6
A presença holandesa no Brasil colonial é tema que se destaca nos estudos historiográficos. Sobre o governo de Nassau (1637-44) e sua época, sempre surgem comentários e debates; porém, podemos afirmar que:
Questão 7
Em sua obra, se acentuam os contrastes de requinte e fartura das casas-grandes com a promiscuidade e a miséria das senzalas, a sensualidade desenfreada e a subserviência dos homens do eito. Mas há também o homem e a paisagem. Certamente a observação se concentra na zona açucareira do Nordeste, rica de tradições que datam do século XVI, no momento em que se decompõe essa estrutura tradicional por força de uma nova ordem econômica.
(Antonio Candido & José Aderaldo Castello. "Presença da Literatura Brasileira - Modernismo". 6.ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Difel, 1977).
O texto refere-se a um período do processo histórico brasileiro em que
Questão 8
Cada ano vem nas frotas quantidade de portugueses e de estrangeiros, para passarem às minas. Das cidades, vilas, recôncavos e sertões do Brasil, vão brancos, pardos e pretos, e muitos índios, de que os paulistas se servem. A mistura é toda a condição de pessoas (...)
ANTONIL. "Cultura e opulência do Brasil". São Paulo: Companhia Editora Nacional, 1967, p. 264.
O processo de ocupação do sertão e extração de ouro e diamantes ao longo do século XVIII permitiu o(a):
Questão 9
No processo de expansão mercantil europeu dos séculos XV e XVI, Portugal teve importante papel, chegando a exercer durante algum tempo a supremacia comercial na Europa. Todavia "em meio da aparente prosperidade, a nação empobrecia. Podiam os empreendimentos da coroa ser de vantagem para alguns particulares (...)"
(Azevedo, J. L. de, ÉPOCAS DE PORTUGAL ECONÔMICO, Livraria Clássica Editora, pág.180)
analisarmos o processo de expansão mercantil de Portugal concluímos que o(a):
Questão 10
A dominação espanhola sobre seus territórios coloniais, no continente americano, ao longo dos séculos XVI e XVII, caracterizou-se por uma:
Questão 11
“Quem era a burguesia? Eram os escritores, os doutores, os professores, os advogados, os juízes, os funcionários – as classes educadas; eram os mercadores, os fabricantes, os banqueiros – as classes abastadas, que já tinham direitos e queriam mais. Acima de tudo, queriam – ou melhor, precisavam – lançar fora o jugo da lei feudal numa sociedade que realmente já não era feudal. Precisavam deitar fora o apertado gibão feudal e substituí-lo pelo folgado paletó capitalista. Encontraram a expressão de suas necessidades no campo econômico, nos escritos dos fisiocratas de Adam Smith; e a expressão de suas necessidades, no campo social, nos trabalhos de Voltaire, Diderot e dos enciclopedistas. O laissez-faire no comércio e indústria teve sua contrapartida no ‘domínio da razão’ na religião e na ciência.”
HUBERMAN, Leo. História da Riqueza do Homem. 21ª ed. Rio de Janeiro, Editora Guanabara, 1986, p. 149
Essa Burguesia, descrita por Leo Huberman, foi responsável por uma das principais transformações políticas e sociais, que teve um impacto duradouro na história do país onde ocorreu e, mais amplamente, em todo o continente europeu.
Essa Burguesia está ligada à
Questão 12
Segundo o historiador David Landes, a Revolução Industrial
[...] começou na Inglaterra no século XVIII e expandiu-se de forma distinta nos países da Europa continental e em algumas áreas do ultramar. Em um espaço de menos de duas gerações, transformou a vida do homem ocidental, a natureza de sua sociedade e seu relacionamento com outros povos do mundo.
LANDES, David S. Prometeu desacorrentado: transformação tecnológica e desenvolvimento industrial na Europa ocidental, desde 1750 até os dias de hoje. Rio de Janeiro: Elsevier, 2005. p. 1.
A Revolução Industrial significou mudanças radicais, promovendo
Questão 13
Restauração é o nome do regime estabelecido na França durante quinze anos, de 1815 a 1830, mas essa denominação convém a toda a Europa. Ela é múltipla e se aplica a todos os aspectos da vida social e política.
(René Rémond, O século XIX: introdução à história do nosso tempo)
Reconhece-se a Restauração no processo que:
A
permitiu a volta das antigas dinastias ao poder, que o haviam perdido com as guerras napoleônicas, e que criou a Santa Aliança, nascida com o intuito de reprimir movimentos revolucionários.
B
restituiu o poder aos monarcas europeus alinhados a Napoleão Bonaparte, provocando a generalização da contrarrevolução na América colonial, que havia sido varrida pelas independências nacionais.
C
alçou a Inglaterra à condição da nação mais poderosa do mundo, com capacidade de reverter a proibição do tráfico de escravos africanos para a América e de defender a recolonização de espaços coloniais espanhóis americanos.
D
restabeleceu as bases do sistema colonial na América e na Ásia, com a recriação de companhias de comércio marcadas pela rigidez metropolitana, além da prática do “mar fechado” e do porto único.
E
ampliou os direitos trabalhistas em toda a Europa, condição que provocou as revoluções de 1820 e 1830, eventos fundamentais para a retomada dos valores políticos anteriores à Revolução Francesa.
Questão 14
A expressão Risorgimento designa o conjunto de movimentos heterogêneos que desejaram a unificação da Itália no século XIX.
A vertente vitoriosa que promoveu a unificação da Itália foi o:
Questão 15
O poder dos reis tinha, na época do absolutismo, respaldo em ideias de filósofos, como Hobbes, e fortalecia a centralização de suas ações colonizadoras no tempo das navegações.
Os reis do absolutismo:
Questão 16
Do ponto de vista sócio-político, o Estado típico, ou dominante, ao longo do Antigo Regime (séculos XVI a XVIII), na Europa continental, pode ser definido como:
Questão 17
No processo formativo da modernidade, o Estado Moderno teve no Absolutismo o início de sua configuração. Nesse sentido, é correto afirmar que o regime absolutista:
A
traduz o processo de centralização política, administrativa e militar, com a consequente e drástica redução dos poderes dos senhores feudais.
B
expressa os interesses das burguesias mercantis europeias pelo livre cambismo econômico, que as beneficiava em um contexto de crescimento do comércio colonial.
C
significa um pacto de poder entre a nobreza e os camponeses, mediante a centralização política, administrativa e militar nas mãos do rei.
D
teve os pensadores Maquiavel, Hobbes e Bossuet, como seus mais destacados críticos, especialmente, quanto ao excesso de centralização do poder nas mãos dos reis.
E
representa a consolidação do poder dos senhores feudais contra a burguesia, que, desde o século XVI, tentava instaurar repúblicas democráticas na Europa.
Questão 18
"O fim último, causa final e desígnio dos homens (que amam naturalmente a liberdade e o domínio sobre os outros), ao introduzir aquela restrição sobre si mesmos sob a qual os vemos viver nos Estados, é o cuidado com sua própria conservação e com uma vida mais satisfeita. Quer dizer, o desejo de sair daquela mísera condição de guerra que é a consequência necessária (conforme se mostrou) das paixões naturais dos homens, quando não há um poder visível capaz de os manter em respeito, forçando-os, por medo do castigo, ao cumprimento de seus pactos e ao respeito àquelas leis de natureza."
(Thomas Hobbes (1588-1679). "Leviatã". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1979.)
"O príncipe não precisa ser piedoso, fiel, humano, íntegro e religioso, bastando que aparente possuir tais qualidades (...). O príncipe não deve se desviar do bem, mas deve estar sempre pronto a fazer o mal, se necessário."
(Nicolau Maquiavel (1469-1527). "O Príncipe". Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, 1986.)
Os dois fragmentos ilustram visões diferentes do Estado moderno. É possível afirmar que:
A
Ambos defendem o absolutismo, mas Hobbes vê o Estado como uma forma de proteger os homens de sua própria periculosidade, e Maquiavel se preocupa em orientar o governante sobre a forma adequada de usar seu poder.
B
Hobbes defende o absolutismo, por tomá-lo como a melhor forma de assegurar a paz, e Maquiavel o recusa, por não aceitar que um governante deva se comportar apenas para realizar o bem da sociedade.
C
Ambos defendem o absolutismo, mas Maquiavel acredita que o poder deve se concentrar nas mãos de uma só pessoa, e Hobbes insiste na necessidade da sociedade participar diretamente das decisões do soberano
D
Maquiavel defende o absolutismo, por acreditar que os fins positivos das ações dos governantes justificam seus meios violentos, e Hobbes o recusa, por acreditar que o Estado impede os homens de viverem de maneira harmoniosa.
E
Ambos rejeitam o absolutismo, por considerarem que ele impede o bem público e a democracia, valores que jamais podem ser sacrificados e que fundamentam a vida em sociedade.
Questão 19
Na expansão marítima europeia, a partir do séc. XV, encontramos intimamente ligados à sua história:
Questão 20
Entre várias explicações sobre o expansionismo e os descobrimentos portugueses dos séculos XV e XVI, podemos citar:
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